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segunda-feira, 18 de março de 2013

Quididade



Quididade



הְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה 
Eu sou o que sou
Eu serei o que serei
Êxodo 3:14
O que fazer? O que é, é. O que não é nunca vai ser.

Numa vida, de duas coisas únicas e inevitáveis não podemos fugir: nascimento e morte. Tudo pode se repetir, mas estas duas coisas não. Tudo pode ser concertado bem ou mal. Nascimento e morte já são em si coisas certas e acertadas.
Quem sabe?


 Alguns dizem que a vida é uma ponte entre o nada e o nada, outros que é entre o nada e a eternidade e, outros ainda que é a ponte entre duas eternidades.
Quem sabe?


Mas o que é a vida e o vivente?
Como a vida parece ser por princípio inevitável: há de surgir, mesmo em condições adversas, então seríamos conseqüência de um P(p)rincípo V(v)ital Universal (parênteses opcionais e à gosto). E aparentemente somos conseqüência de um processo evolutivo que forçou o aumento e variedade das inteligências. Então poderíamos ser conseqüência de um P(p)rincípio I(i)nteligente Universal. Seremos emanações deste Princípio? Imagem e semelhança de uma Fonte ou Reservatório de inteligência?
Quem sabe?


Mas a grande questão, maior que todas, e por isto fugimos dela inventando religiões e ideologias é: O que fazer com a parte que nos cabe da Vida? Esta questão pode ser reformulada segundo algumas vertentes de pensamento. Dentro do caos conflituosos de emoções, certezas e dúvidas, como nos tornarmos íntegros e indivíduos? A vida deve privilegiar a procriação, os gozos e paixões? A renúncia ou anulação de si mesmo na tentativa de anular o ego é desejável e possível? É a solução?
Quem sabe?


Tão poucas e limitantes respostas existem para perguntas tão importante e que se desdobram em uma legião que frequentemente devemos ser filosóficos voltando à: O que é, é. O que não é nunca vai ser.
Seja feita a Sua Vontade.


José Renato Delben

18/03/2013