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segunda-feira, 27 de julho de 2009

O mar do amar

O mar me assusta.
Não tem calçada, não tem rua,
não tem onde colocar meus pés.
Se eles flutuam o tempo todo perdem a planta,
somem os solados,
mas não nascem nadadeiras.
O mar do amar não dá pé.
Afundo, bóio, nado.
Mas não sou peixe e logo me canso.
Vim do mar faz tempo,
perdi a memória natatória.
E o mar do amar é fundo,
não dá pé.
Respiro líquido somente no útero materno,
no mar preciso nadar sobre as ondas pra respirar.
Uma contradição.
Como amar sem mergulhar profundo?
Eugênia Amaral

2 comentários:

  1. Zé Renato, amigo querido:
    Que gentileza a sua em postar minha resposta sobre o "seu mar". Achei muito gostoso ficar brincando de aprendiz de "poemisa". (Não sei a razão, mas "poetisa" me soa pedante).
    Beijos.
    Eugênia
    Ah! O tal poema é bem mais curto. Ele termina na primeira vez em que aparece a frase "como amar sem mergulhar profundo". Vc ficou animado e copiou e colou tudo duas vezes.

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  2. Um interessante poema que falando do mar está a falar do amor. Parabéns então à "poemisa".
    Um abraço.

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