A Saudade faceira provocou o juvenil coração para uma corrida através do tempo. Por não compreender o tempo e a Saudade, o tolo coração aceitou rapidamente sem saber que perderia se ganhasse, empatasse ou perdesse tal maligna corrida. De início a jovem Saudade partiu célere na frente e tomou distância. O jovem coração ficou vendo-a se distanciar imaginava como seria o caminho por onde estava passando a Saudade e fantasiava como seria bom o caminho do futuro. Sentiu então saudades do porvir sombreando o tempo presente. Mas o jovem coração se fortaleceu durante a corrida e foi alcançando a Saudade tornando presentes os tempos futuros por onde a Saudade passara. Quanto mais próximo chegava mais saudades sentia, mas agora, do tempo presente. O tempo presente não era o que imaginara e ele sentiu saudades do tempo presente que havia sonhado sombreando novamente o tempo presente. Como a Saudade foi envelhecendo, a ultrapassou num certo momento e ficou imaginando a Saudade percorrendo os caminhos por onde ele passara e a Saudade na distância coloria a paisagem do tempo passado e ele passou a sentir saudades do passado. E isto sombreou novamente o tempo presente. O tolo coração lamentava entre gemidos – Ai coração! Como sou tolo por nunca estar!
José Renato, 31/06/2009
A saudade mora no coração e com ele envelhece enquanto o tempo passa...
ResponderExcluirUm bom texto.
Abraço.
profundo
ResponderExcluirAngela